Unidade Classista realizou seu primeiro Encontro Estadual em Vinhedo
No ultimo dia 07 de março, na sede do Sindicato Químicos Unificados - Regional Vinhedo, aconteceu o 1º Encontro Estadual da Unidade Classista. Cerca de 70 companheiros e companheiras debateram a Crise do Capitalismo e a saída para os trabalhadores, a situação da Intersindical e a Organização da Unidade Classista.
Na mesa de abertura os convidados saudaram o encontro, Gilmar Mauro representando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ressaltou que “essa crise que também é social e ambiental, vai acirrar os conflitos e que os instrumentos de classe estão em crise, por isso precisamos fortalecer o que já temos”. O Dirigente Mané Melato do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, argumentou “que a unidade de ação é fundamental para enfrentar a crise” disse ainda que a “Intersindical embora não seja uma central, esta realizando ações de central e estamos juntos em todas mobilizações”. Já a Ana Paula representado a Alternativa Sindical Socialista (ASS) disse que “o enfretamento da crise será no campo pratico e teórico, precisamos estar preparados e a Intersindical terá seu encontro Nacional no mês de abril”. Finalizando a mesa de convidado a camarada Marta da Coordenação Nacional da Unidade Classista afirmou que precisamos “denunciar o capitalismo, construir o caminho para o socialismo, por isso é importante a construção do Encontro Nacional da Classe trabalhadora (Enclat)”.
A analise de conjuntura, isto é a analise do momento atual, foi feita pelo Ivan Pinheiro que é Secretario Geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ivan salientou que “embora a produção seja cada vez mais social, a apropriação é altamente concentrada e com a diminuição da taxa de lucro as empresas procuram investir no mercado de ações, criando uma bolha especulativa, e intensificam a super exploração do trabalho com a retirada de direitos e demissões, a combinação desses fatores com o problema da superprodução gerou uma crise sem precedentes, principalmente no coração do império. A saída para os trabalhadores é a construção de uma Frente Anticapitalista, ter unidade de ação, recuperar o Internacionalismo” ressaltou ainda que a campanha pela reestatização da Petrobrás pode se tornar um movimento agregador”.
O debate foi aberto ao plenário, na qual diversos camaradas do Estado de São Paulo colocaram suas posições, o Encontro terminou com a indicação de uma coordenação Estadual da Unidade Classista. Em breve estaremos publicando as resoluções do Encontro.
Desafios para a Unidade Classista
Esse primeiro encontro estadual da Unidade Classista aconteceu num momento, não só de crise do capitalismo, mas também de crise na esquerda brasileira, o processo acentuado de fragmentação da esquerda tem colocado dificuldade na construção da unidade, os dilemas da Intersindical, que está dividida em duas posições, é um reflexo desse momento, mas o problema não é ter posição diferenciada, o problema é não conseguir dialogar e conviver com posições diferentes.
Devemos abstrair as diferenças e nos pautar por aquilo que nos uni, não nos interessa os problemas internos das forças políticas, nos interessa a construção da unidade na ação, numa perspectiva de superação do capitalismo pela construção do socialismo, esse é o corte.
O debate sobre a reorganização do movimento operário esta colocada, a Unidade Classista não pode ignorá-lo, lutamos e organizamos, organizamos e lutamos esse é o curso da historia.
O encontro foi importante para colocar a Unidade Classista em movimento, mas ao mesmo tempo demonstra uma necessidade de enraizar a UC no movimento operário, pois a maioria dos delegados presentes ao encontro são oriundos da área da educação, não que seja ruim, mas demonstra uma fragilidade que precisa ser superada. Precisamos construir a Unidade Classista nos locais de trabalho.
A formação é necessária e urgente, precisamos aprofundar o debate sobre concepção e pratica sindical da Unidade Classista.
Por fim, a Unidade Classista se colocará no enfretamento direto pela defesa dos interesses dos trabalhadores, continuara construindo a Intersindical como instrumento de luta e organização, trabalhará por uma frente anti capitalista, que abranja diversos setores principalmente a Intersindical e Conlutas.
Viva a Unidade Classista!
Viva a Intersindical!
Viva a luta de todos os trabalhadores!
